terça-feira, 26 de junho de 2012

O torro ainda vive

Por conta disso, ou da falta de sabedoria na tarefa de lidar com isso, perdi as estribeiras, baguncei o coreto e agora fica mais difícil sair do lugar característico dos loucos.

http://www.youtube.com/watch?v=edeBUy5ap3I


O Torro, ele está no meio de nós.

Detail page



http://www.youtube.com/watch?v=5-esKrwuVRw&feature=player_detailpage#t=98s

Pigs on the wing pt 2


Mariana e Leonardo tocam baixo

Sabe co-piloto? Então, se você é bom na direção não precisa de um. Mas se você é bom mesmo vai querer muito um. Ou dois.


Ensaio sobre os alguns minutos

Prelúdio:

‎(estava escrevendo a famosa "dissertação pós bar e pré padaria, por conta do horário, quando ao tentar imprimir o artigo primeiro recorri ao agora famigerado ALT 167. Comando que apagou tudo o que eu havia escrito, e que poderia poupá-los de todo esse arrastado parágrafo.)

Só CTRL+A CTRL+C salva. 

Dito o dito, só tenho o direito de levá-los ao Lixeira Reciclável.




Lustre

Para Ouvir No Rádio (Luciana)

Jorge Ben Jor

Eu vou fazer uma canção singela
Pra você se lembar de mim quando ouvir rádio
Em ondas médias em ondas curtas
E freqüência modulada pra você se lembrar de mim
Quando ouvir no rádio

Mas se você não puder ouvir
Por falta de tempo ou por falta de rádio
Alguém há de passar cantando assobiando
Perto de você
Mas se depois disso tudo
Você não conseguiu ouvir
Porque não quis ou por algum problema
Subirei descerei o morro novamente
Como um guerreiro vencedor
Cantando o meu hino de amor

Luciana, Luciana, Luciana
Luciana, Luciana

O tapinha final
(que poderia ser escrito no iníco, se você veio pelo post da rede social)
Estava a escrever o artigo primeiro, assim sem ALT 167. Mas se não posso me lembrar do tal artigo, tenho que continuar a prosa com alguma trama.

Jorge Ben é um daqueles fenômenos naturais que atingem as pessoas. Para mim é Jorge Ben o tsunami do momento, o vídeo que explode, a paixão que rasga e o sabor como que de novo, mas que é velho conhecido. 

Jorge Ben é meu mais antigo amigo de infância, e Jorge Ben também inaugurou mais um parágrafo, com acento e sem cópia oculta. 

Gosto de ter disponível a opção de usar cópia oculta, a opção de trocar uns trocados por alguns litros de combustível, para depois poder andar por onde quiser. Gosto de ruas sem saídas, me encanta o som que a caixa de câmbio faz quando engatada na marcha ao revés.

Gosto do revés, tanto que revés tomou espaço do Jorge Ben. 

Porque sigo escrevendo com dois ou três retornos entre os parágrafos?
Ah! comprei um maço de cigarros classe A, versão "café da manhã". Já era hora de trocar aqueles cigarros fracos e covardes.
E as clássicas cervejas de auto-posto abastecem o condutor.

Conduzo os textos, a banda e as bandas. Além do veículo.

De resto, sou um paspalho de marca maior.

mas o resto pode ser qualquer coisa menor, e é.



segunda-feira, 25 de junho de 2012

Passagem


No sonho ele viajava em sua nave que construiu com a união de materiais vulgares e também preciosos, usados especificamente para esse fim, o de explorar o espaço. Sua velocidade era de trezentos mil quilômetros por hora, e assim bem devagar ele viu alguns planetas vizinhos ao de sua terra atual, e também sóis muito maiores que qualquer esfera já imaginada pelo homem, essas bem distantes e rápidas para se alcançar. De todas as lembranças, a de Júpiter é a que mais lhe deixou admirado.

O Cosmonauta que passou - Warsteiner Pledger



segunda-feira, 11 de junho de 2012

Boto cor-de-bromélia

Perdi uma banda, abandonei outra.
Abandonei uma mulher,
perdi outra.

Disparate




Urba imensa
Pensa o que é e será e foi
Pensa no boi
Enigmática máscara boi
Tem piedade
Megacidade
Conta teus meninos
Canta com teus sinos
A felicidade intensa
Que se perde e encontra em ti
Luz dilui-se e adensa-se
Pensa-te

Ducros, o caminhante noturno



"‎...heridas viejas, encubiertas por heridas nuevas. Siento la sangre que me brota en la cara, siento el miedo y la alegría de existir sobre este piso y este cielo. Veo todo, pero todo es poco.. tengo que dar mas un paso hacia la muerte pues estoy vivo y este es el abismo de pensar y sentir."

Ezequiel Ducros

A violenta contribuição do silêncio para a evolução humana


Prelúdio

"A dollar bill inside the compact disc box remains the peace that one can  reach through time and forgetfulness."

É preciso olvidar, e fazê-lo com sabedoria. Esquecer o que necessita ser esquecido com exatidão, o objeto do esquecimento,  para que na hora exata venha à tona com justa potência.

Treino classificatório sobre o objeto do impulso


Não me resta nenhuma dúvida de que o silêncio é bem maior que o ruído, o barulho e o estribilho. Quem usa a voz de maneira exagerada no discurso é menor. Quem usa muita distorção ou é muito bom ou está muito aquém do vácuo físico. Quem não fala nada também.

A cidade é barulhenta, e incomoda. Há quem não perceba ou sinta, mas o incômodo é gratuito e alcança a todos, sem exceção.

A cabeça do homem de hoje nunca foi tão cheia de barulho, que os olhos sentem e a pele já não sente mais.

Se segura, malandrão. Pra fazer barulho tem hora. E pra fazer barulho bem feito mister se faz viver do silêncio, e fazer da vida um grande ouvido surdo e elitista.

Dois acontecimentos marcaram meus escutadores até hoje: o primeiro show ao vivo do MDK, banda de grande barulho de minha terra natal e atual,  e a canção "Me deixe mudo", de Walter Franco.

E não há nada como ficar quieto com a cabeça, enquanto os receptores auditivos se abrem como a dama-da-noite embaixo dos inúmeros fícus que povoam silenciosamente as cidades do interior paulista.