quinta-feira, 25 de março de 2010

Cristais de gengibre se passam por cigarros.
Os dedos acalmam o nervo,
e o filme finge ser a noite de diversão.
Isso aqui está ficando sem graça para caralho.
Tudo isso aqui.

Chato e fresco

Gosto de passar bastante tempo comigo. Sempre fui de andar e pensar sozinho, mesmo com muita gente por perto. Não sou do tipo que promove o debate. Eu discordo, mas digo que concordo só para não ter que tentar explicar tudo o que penso. Cada vez mais sou menos compreendido, e deve ser assim com todo mundo mesmo.
Há alguns dias saí para caminhar um pouco, e o que seria um passeio rápido se transformou em uma maratona de quase 15 quilômetros. Não me cansei, pois parei de fumar há quase um mês. Não queria parar de andar. Estava sozinho com minhas idéias, e feliz por ser assim. Acertando ou só vivendo, aprendi a gostar de minhas idéias, de conversar comigo. E vejo que eu só me "dou bem" realmente comigo.
É um tanto quanto estranho e consolador ao mesmo tempo saber que cada vez mais me entendo melhor e que cada vez menos me compreendem. É estranho, e só.