segunda-feira, 11 de junho de 2012

A violenta contribuição do silêncio para a evolução humana


Prelúdio

"A dollar bill inside the compact disc box remains the peace that one can  reach through time and forgetfulness."

É preciso olvidar, e fazê-lo com sabedoria. Esquecer o que necessita ser esquecido com exatidão, o objeto do esquecimento,  para que na hora exata venha à tona com justa potência.

Treino classificatório sobre o objeto do impulso


Não me resta nenhuma dúvida de que o silêncio é bem maior que o ruído, o barulho e o estribilho. Quem usa a voz de maneira exagerada no discurso é menor. Quem usa muita distorção ou é muito bom ou está muito aquém do vácuo físico. Quem não fala nada também.

A cidade é barulhenta, e incomoda. Há quem não perceba ou sinta, mas o incômodo é gratuito e alcança a todos, sem exceção.

A cabeça do homem de hoje nunca foi tão cheia de barulho, que os olhos sentem e a pele já não sente mais.

Se segura, malandrão. Pra fazer barulho tem hora. E pra fazer barulho bem feito mister se faz viver do silêncio, e fazer da vida um grande ouvido surdo e elitista.

Dois acontecimentos marcaram meus escutadores até hoje: o primeiro show ao vivo do MDK, banda de grande barulho de minha terra natal e atual,  e a canção "Me deixe mudo", de Walter Franco.

E não há nada como ficar quieto com a cabeça, enquanto os receptores auditivos se abrem como a dama-da-noite embaixo dos inúmeros fícus que povoam silenciosamente as cidades do interior paulista.









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