sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Entrei pra comprar o manual prático e saí com um livro de poesias

...e abri o livro que comprei nessa página, depois de salvar mais um diálogo na pasta "dEla".




Pido Silencio


Ahora me dejen tranquilo.
Ahora se acostumbren sin mí.


Yo voy a cerrar los ojos.


Y sólo quiero cinco cosas, cinco raíces preferidas.


Una es el amor sin fin.


Lo segundo es ver el otoño.
No puedo ser sin que las hojas
vuelen y vuelvan a la tierra.


Lo tercero es el grave invierno,
la lluvia que amé, la caricia
del fuego en el frío silvestre.


En cuarto lugar el verano
redondo como uma sandía.


La quinta cosa son tus ojos.


Matilde mía, bienamada,
no quiero dormir sin tus ojos,
no quiero ser sin que me mires:
yo cambio la primavera
por que tu me sigas mirando.


Amigos, eso es cuanto quiero.
Es casi nada y casi todo.


Ahora si quieren se vayan.


He vivido tanto que un día
tendrán que olvidarme por fuerza,
borrándome de la pizarra:
mi corazón fué interminable.
Pero porque pido silencio
no cream que voy a morirme:
me pasa todo lo contrario:
sucede que voy a vivirme.

Sucede que soy y que sigo.

No será pues sino que adentro
de mí crecerán cereales,
primero los granos que rompen
la tierra para ver la luz,
pero la madre tierra es oscura:
y dentro de mi soy oscuro:
soy como um pozo en cuyas aguas
la noche deja sus estrellas
y sigue sola por el campo.

Se trata de que tanto he vivido
que quiero vivir otro tanto.

Nunca me sentí tan sonoro,
nunca he tenido tantos besos.

Ahora, como siempre, es temprano.
Vuela la luz con sus abejas.

Déjeme solo con el día.
Pido permiso para nacer.


Pablo Neruda 



terça-feira, 9 de agosto de 2011

Possessão

Sou metade, no máximo. Estaria bom,
se não tivesse o desejo de ser
 o mundo todo.
Triste fim,
ou doce ironia.
Tempo esse que trata
 de embriagar e saciar,
de responder e nunca completar,
porque é ele sua própria extensão.
Ah, meu egoísmo.
Ah! Esse meu querer
que quer tudo que posso sonhar.
Que não pode passar senão por cima
do que lhe é permitido.
Que não deve sonhar
mais do que as horas
tratam de despertar.
Que não pode passar um dia sequer
sem dividir
sem querer
o que mais julga possuir.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Mensagem

Chorar sem usar o corpo. Seguir com o vinho como um ladrão a ser enforcado, e não ter mais o remédio para o dia seguinte. Oh! Se tive a farta sensação de paz e fiz do chamado a luz que resta, as outras estão queimadas e na despensa não há substitutas. Agarro meu pulso, e da minha respiração se produz o pequeno calor que trata de manter ébrio o que não pode ser diferente, posto que é irrefutável prova de entrega estar leve. Passar horas acordado depois de acordar de vez, por instantes que duram não mais de cinco minutos, e mais cinco e outros mais. E o dia, a lua, a mensagem, a certeza e a dúvida. Duvidar é coisa de gente besta. Então que depois da dúvida está o dever de casa de gente grande. E aqui está o pesado, a raiz amarga e visceral da paixão. Essa coisa de querer ser tudo é difícil, é indigesta e tarefa árdua. Não fosse o objeto do desejo algo tão excêntrico a ponto de ser indispensável, já teria esse tomado outros caminhos.Pesados, mas ainda meus.

Capital letters are not enough

La Bomba del Tiempo. Um corpo sozinho na multidão, uma alma cheia de vida, música agradável em sintonia. Tantas pessoas, observo e fumo. Como a vida é múltipla e exibida para quem pode vê-la. Como há tantos caminhos que fazem parte da mesma estrada. Quero todos eles, tenho permissão para querer o que quiser. Eu me permito. Múltiplos caminhos, encontros e é tudo muito pesado.