terça-feira, 9 de agosto de 2011

Possessão

Sou metade, no máximo. Estaria bom,
se não tivesse o desejo de ser
 o mundo todo.
Triste fim,
ou doce ironia.
Tempo esse que trata
 de embriagar e saciar,
de responder e nunca completar,
porque é ele sua própria extensão.
Ah, meu egoísmo.
Ah! Esse meu querer
que quer tudo que posso sonhar.
Que não pode passar senão por cima
do que lhe é permitido.
Que não deve sonhar
mais do que as horas
tratam de despertar.
Que não pode passar um dia sequer
sem dividir
sem querer
o que mais julga possuir.

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