segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Mensagem

Chorar sem usar o corpo. Seguir com o vinho como um ladrão a ser enforcado, e não ter mais o remédio para o dia seguinte. Oh! Se tive a farta sensação de paz e fiz do chamado a luz que resta, as outras estão queimadas e na despensa não há substitutas. Agarro meu pulso, e da minha respiração se produz o pequeno calor que trata de manter ébrio o que não pode ser diferente, posto que é irrefutável prova de entrega estar leve. Passar horas acordado depois de acordar de vez, por instantes que duram não mais de cinco minutos, e mais cinco e outros mais. E o dia, a lua, a mensagem, a certeza e a dúvida. Duvidar é coisa de gente besta. Então que depois da dúvida está o dever de casa de gente grande. E aqui está o pesado, a raiz amarga e visceral da paixão. Essa coisa de querer ser tudo é difícil, é indigesta e tarefa árdua. Não fosse o objeto do desejo algo tão excêntrico a ponto de ser indispensável, já teria esse tomado outros caminhos.Pesados, mas ainda meus.

Nenhum comentário: