quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Agonizo se tento retomar a origem das coisas


- Estou tão em paz que seria capaz de tentar voar, pulando de um prédio.
- Estou tão em paz que mataria um lindo filhote de cachorro com as mãos e só, só para não matar uma pessoa.
- Preciso tanto sair desse quarto que seria capaz de virar andarilho.
- Preciso tanto mudar isso que não vou me afundar em drogas nem beber até desmaiar.
- Estou tão tranquilo que ando fumando 40 cigarros vermelhos por dia.
- Não estou ligando muito para essa situação. Tanto que só liguei Mozart para não cometer um assassinato.
- 130bpm no coração, corpo gelado e pressão caindo só de lembrar dos momentos de tensão e guerra já vividos.


Ok, já começo dizendo que não sou ninguém para dizer que tal coisa está errada ou que não deve ser feita. Minha lista de besteiras cometidas é grande. Mas deve haver limites. Tudo bem, eu já ultrapassei os meus várias vezes.

Mas como viver a vida toda em função de alguém que parece que nunca vai mudar? Digo a vida toda, porque não se trata de ficar com alguém, namorar uma pessoa ou ser seu eterno amor. Nem de vizinhos, nem de amigos de banda. É coisa de sangue mesmo.

Estou me cansando disso e já não aceito o fato de ter que conviver com isso e pronto. Minha vida está acontecendo também, e coisas boas me espreitam. Quero estar em paz. Só isso.

Não sei o que fazer, mas como está, definitivamente, não dá para continuar. Não dá, e é sério. Sei o que não posso e não quero fazer: fugir de casa para as noites selvagens e fugir de mim e fugir de tudo. Não vou fugir. Vou correr sim, mas sabendo para onde vou e como vou.

E vai ser bom. E vou ser eu.

Estou longe, longe. Estou em outra estação.

Um comentário:

Decifra-me... disse...

Seja (muito) feliz. É o que sempre te desejei e para sempre te desejarei.
Fuja, sim. Mas só dessas coisas horríveis e que dão só esse prazer momentâneo, depois te jogam no fundo do poço.
É isso, Senhorito Weidell...
Um beijo e se cuide.