Golden slumbers
Sleep little darling/do not cry
Virada (fill-in)
Once there was a way
Boy
Weight
A long time
*orquestrado*
Invitation
Sooner or later
Cíclico e contínuo.
Golden slumbers
Sleep little darling/do not cry
Virada (fill-in)
Once there was a way
Boy
Weight
A long time
*orquestrado*
Invitation
Sooner or later
"Confesso" é uma palavra estranha. Admito que vez ou outra, revendo esse caderno pródigo, edito alguns pequenos desvios de linguagem. Doravante, não nego o teor certeiro ou o desvio de minha escrita que é líquida e congelada, dura.
É tanta palavra adversa, que mister se faz o quiprocó que anuncia o advento da sensatez.
"Meu segredo é que sou um rapaz enforcado"
Quinze por cento e uma léguas subversivas. Campari no banheiro, para não chamar muita atenção.
Acordo cedo daqui a pouco. Um tchau até breve.
O que está embaixo é como o que está no alto. O que está no alto é como o que está embaixo.
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Amor que pula
Látex e estrela
flâmula e bandeiras
Uma moeda compra
Gira e saca e
quica uma vez
Medo de escapar
Pavor de envergonhar
Não dá pra saber
onde ela vai parar
Dou a cara e a coroa
Troco meu peso
Por uma bolinha que pula
Depois de tudo te amarei
como se fosse sempre antes
como se de tanto esperar
sem que te visse nem chegasses
estivesses eternamente
respirando perto de mim.
Perto de mim com teus hábitos,
teu colorido e tua guitarra
como estão juntos os países
nas lições escolares
e duas comarcas se confundem
e há um rio perto de um rio
e crescem juntos dois vulcões.
Perto de ti é perto de mim
e longe de tudo é tua ausência
e é cor de argila a lua
na noite do terremoto
quando no terror da terra
juntam-se todas as raízes
e ouve-se soar o silêncio
com a música do espanto.
O medo é também um caminho.
E entre suas pedras pavorosas
pode marchar com quatro pés
e quatro lábios, a ternura.
Porque sem sair do presente
que é um anel delicado
tocamos a areia de ontem
e no mar ensina o amor
um arrebatamento repetido.
Pablo Neruda
"My hero, zero", de Bob Dorough toca baixo nas quatro caixas que deixam cantar também a chuva mansa que batuca na janela. Esse disco, o "multiplication rock", chegou não sei de onde, e quem pescou fui eu, num daqueles rompantes de vida que vez ou outra me bate à porta.
Agora toca o Capitão Cabeça de Bife, que por escolha própria executa "this is the day". Essa é uma das mais belas canções dos últimos giros que a raça deu no sol:
This is the day that love chose to play,
The day love came to stay,
This kiss is for the first time,
And this kiss is for that time
Love to ride
This is the day that love chose to play
One minute here, one minute there
Love spent time everywhere,
This day that love chose to stay
Imagine só experimentar todos os dias o sabor do primeiro dia em que o amor me visitou.
Todos os dias espero e encontro o meu amor, que vai comigo e que volta para mim, com um entusiasmo poucas vezes visto nessa rua, nessa cidade e ao redor do mundo dos homens e mulheres e crianças e bichos e de dias e instantes.
As cartas que tenho escrito, somadas aos livros que escrevo e filmes e fotos que gravo em minha cabeça de gravar me tomam todo o ímpeto de seguir digitando impressões de todas essas luas jupterianas que orbitam a ponta dos meus dedos.
Vivendo, enfim, volto à vida de maneira plena, qual seja, a de continuar, como num plano-sequência, o exercício de alimentar o amor.